A cada ano, nascem cerca de 340 mil bebês prematuros no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o que coloca o país entre os dez com maior índice de parto antes das 37 semanas. São crianças que chegam ao mundo demandando cuidado extra, atenção dedicada e uma rede de apoio que vai além do protocolo técnico.
Na esteira da campanha Novembro Roxo, que dá visibilidade à prematuridade e ao cuidado especializado que ela exige, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) faz anúncios de melhorias em suas unidades neonatais e reforça suas iniciativas de segurança do paciente e humanização voltadas à neonatologia.
Na Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte, a coordenação do setor aposta em uma ação estratégica, que vem sendo realizada diariamente: o round multidisciplinar em UTI neonatal.
A iniciativa promove uma abordagem integrada e centrada no paciente, melhorando a comunicação entre a equipe. Profissionais de diferentes especialidades reúnem-se para revisar cada caso. A mudança na rotina tem se refletido em ganhos concretos.
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"Os benefícios para os pacientes e suas famílias resultam em um cuidado mais individualizado, maior segurança, redução de complicações e uma comunicação mais clara sobre a evolução do paciente", avalia a coordenadora da neonatologia, Vivian Gribel. | ||||
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Da UTI Neo para o colo da mãe
A atendente de restaurante Maria Clara de Souza, de 20 anos, deu à luz, com apenas 31 semanas de gestação, a pequena Mayuri, que precisou permanecer um período na UTI Neonatal da MOV.
Durante esse tempo, a jovem conta que se sentiu amparada pela equipe em todos os momentos. “Elas cuidaram da minha filha com tanto carinho que eu me sentia tranquila, mesmo com o medo de estar com um bebê na UTI”, relembra.
Ela destaca ainda a importância da comunicação eficaz e do acolhimento recebidos. “Senti-me o tempo todo segura de que Mayuri estava em boas mãos”, ressalta. Agora, mãe e filha estão na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (UCINCa), o que permite a convivência contínua entre as duas. A equipe segue acompanhando ambas até o momento da alta segura, um dos pilares da segurança do paciente.
Mais acolhimento
A humanização é essencial no cuidado aos bebês prematuros, pois envolve não apenas a atenção médica especializada, mas também a participação ativa dos pais em todas as etapas da assistência. Essa presença contribui para o bem-estar emocional da família e melhora os resultados clínicos dos recém-nascido.
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"Ações de humanização melhoram os vínculos com os pais, a sobrevida e a redução de sequelas. Eles se tornam recém-nascidos com menos intercorrências durante a internação", destaca a coordenadora da Neonatologia do Hospital Júlia Kubitschek, Clarisse Souza. | ||||
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Aberta em janeiro deste ano, a UCINca do Hospital Júlia Kubitschek (HJK) foi criada para oferecer um ambiente acolhedor e seguro durante a fase de transição do cuidado intensivo para o domiciliar. Ali, as mães permanecem com seus filhos, o que favorece o aumento da produção de leite, o ganho de peso mais rápido e a redução do risco de apneia.
Mais segurança
Para aprimorar a assistência prestada aos bebês internados, o Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, inicia em novembro uma adequação em sua unidade neonatal, buscando alinhar a estrutura e os fluxos assistenciais às diretrizes da Rede Alyne – programa do SUS que foca no cuidado integral para reduzir a mortalidade materna e infantil.
O projeto prevê a reorganização dos leitos neonatais, que passarão a incluir oito de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e quatro de UCINca, além dos já existentes leitos de terapia intensiva (Utin).
Atuação na Fhemig
As maternidades da Fhemig se destacam pelo cuidado especializado com a gestação de alto risco e com os bebês prematuros, oferecendo atendimento humanizado e tecnologia de ponta em todas as etapas.
Com equipes multiprofissionais qualificadas, as unidades atuam de forma integrada para garantir a segurança da mãe e do bebê, especialmente em situações que exigem vigilância constante e intervenções rápidas.
De acordo com Clarisse Souza, as principais causas de prematuridade observadas estão relacionadas à hipertensão e às infecções maternas. Segundo ela, a maior parte das internações dos bebês acontece em função do desconforto respiratório, condição que exige acompanhamento intensivo.
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