O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) realizou a edição de 2024 da Eureka. O evento reuniu mais de 4.300 visitantes interessados em conhecer projetos inovadores, todos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), para enfrentar os grandes desafios globais.
Durante os três dias de evento, foram apresentados 104 trabalhos de conclusão de curso dos alunos dos cursos de Engenharia, Design e Administração, abordando temas como saúde e bem-estar, educação, cuidados com o meio ambiente, desenvolvimento sustentável e igualdade. As iniciativas destacaram a aplicação prática de conhecimentos e a busca por soluções que impactam positivamente diversas áreas.
O prefeito eleito de São Caetano do Sul, Tite Campanella, esteve presente para conhecer as inovações dos alunos. Na ocasião, ele dialogou com os estudantes sobre propostas de melhorias para a região. Um dos destaques foi o grupo de formandos em Engenharia de Produção, que desenvolveu um estudo sobre a circulação viária na Praça Mauá, um ponto de grande fluxo de veículos. Por meio de simulações computacionais, os estudantes testaram diferentes cenários e estratégias para melhorar o trânsito local.
"Participar desse evento e conhecer as propostas dos alunos é uma oportunidade valiosa para fortalecer a troca de conhecimento e novas soluções para a cidade. A qualidade dos projetos é inspiradora e há um enorme potencial para aplicarmos esse conhecimento em melhorias práticas. Vamos seguir discutindo essas ideias e buscando soluções conjuntas para transformar a mobilidade e a qualidade de vida no município", comentou Campanella.
Além do novo prefeito eleito, o evento contou com a presença de Marco Antonio Pellegrini, novo Secretário Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Com mais de 20 anos de atuação na defesa dos direitos desse público, Pellegrini conheceu os projetos dos alunos do IMT que utilizam a tecnologia para promover inclusão social, como, por exemplo, óculos e bengalas que empregam Inteligência Artificial para proporcionar mais autonomia no deslocamento de pessoas com deficiência visual.
“Conhecer a Eureka e os projetos desenvolvidos pelos estudantes foi, com certeza, uma surpresa muito positiva. Pude ver trabalhos que de fato estão alinhados com as soluções que precisamos para as pessoas com deficiência. Além disso, é muito gratificante ver que esses futuros profissionais genuinamente se importam em estudar e explorar a tecnologia para promover uma sociedade mais inclusiva”, enfatizou Pellegrini.
Projetos inovadores desenvolvidos nesta edição
Entre os projetos criativos e tecnológicos trabalhados neste ano estão dispositivos didáticos para ensino em libras, desenvolvimento de embalagens acessíveis de maquiagem, dispositivos para auxiliar na recuperação de AVC, entre outras grandes inovações desenvolvidas pelos estudantes. Confira abaixo algumas das novidades:
Sistema Inteligente para deficientes visuais: o projeto busca auxiliar pessoas com deficiência visual ou baixa visão, na navegação e interação com o ambiente, tornando-a mais natural e intuitiva e possibilitando uma locomoção mais segura e independente. Para o trabalho, os estudantes atuam com a criação de um sistema composto por óculos inteligentes com reconhecimento de objetos feito por uma inteligência artificial.
Análise de escoamento em aneurismas cerebrais: o trabalho realizado pelos estudantes tem como objetivo estudar e analisar os efeitos causados nas artérias cerebrais de um paciente que sofreu um aneurisma cerebral, tanto antes quanto depois da intervenção médica.
Desenvolvimento de embalagens acessíveis para pessoas com baixa mobilidade: os formandos desenvolveram embalagens para maquiagem utilizando conceitos do design universal com o intuito de facilitar acessibilidade de automaquiagem para todas as pessoas com baixa mobilidade nos membros superiores. Além disso, os produtos apresentam uma proposta sustentável e reciclável.
Dispositivo para reabilitação de pacientes com sequelas de AVC: o projeto dos formandos conta com um dispositivo eletrônico, controlado por meio de um software, capaz de auxiliar na retomada dos movimentos de flexão do cotovelo, região comumente atrofiada após a ocorrência de um AVC.
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